quarta-feira, 22 de maio de 2013

Entrevista com Noorhadi Saleh- Fotógrafo da Indonésia


A Indonésia, oficialmente República da Indonésia, é um país localizado entre o Sudeste Asiático e a Austrália, sendo composto pelo maior arquipélago do mundo, as Ilhas de Sonda, e ainda a metade ocidental da Nova Guiné.
Noorhadi Saleh retrata de maneira ímpar o cotidiano de Jacarta; ele é graduado em Antropologia pela Padjadjaran State University. Ele explica que é tranquilo fazer fotos por lá. Ele fotografa desde 1995, e teve como sua primeira câmera uma Nikon FM2 com uma lente 50mm 1.4. Ele tira fotos sem as pessoas perceberem, mas quando é preciso se aproxima enquanto caminha. E leva a camera todos os dias. Atualmente usa uma Sony HX7V e uma Olympus EPL3. Para uso diário ele prefere a Sony, que sempre está no bolso dos jeans!
As dicas que ele nos deixa é sempre sair com a câmera, olhar o trabalho de outros fotógrafos para ter inspiração, não pensar apenas no equipamento e sim em tirar fotos. Noorhadi diz que todos fotógrafos o inspiram, em especial Sebastião Salgado e Alex Webb.
Ele tira fotos para ele mesmo, mas está aberto à negociações. 

Foto: Noorhadi Saleh




I live in the biggest archipelago country named Indonesia, and there is no problem in taking photos here. The first time I had contact with Photography was in 1995 with my first camera, a Nikon FM2 with 50mm/1,4. I make candid shots and often I come close to the subject while I walk. I take my camera with me every day. I use a pocket camera, Sony HX7V and a micro fourth camera Olympus EPL3. For daily use, I take my Sony... it´s in my pocket jeans every day.
Tips: Take photographs as often as you can, always watch other's photos to increase your inspiration. Don't think about gear, but think about taking photos. I take photographs for myself, but if there is somebody to buy, I'd sell them. I studied anthropology at Padjadjaran State University. All photographers inspire me, but I like the photoworks of Brazilian photographer, Sebastiao Salgado... and Alex Webb, too .

domingo, 19 de maio de 2013

Kushti Dairies - Uma entrevista com Arup Acharjee


Nossa viagem agora é para a Índia, especificamente para Varanasi, um dos principais pontos turísticos da Índia. O mais importante local de peregrinação do país. Localizada às margens do Rio Ganges, tem mais de 3 000 000 de habitantes e é uma das cidades mais antigas do mundo.
Vocês vão conhecer um pouco sobre o projeto de Arup, que é o de documentar o cotidiano dos lutadores tradicionais se formando em pehlwani. Pehlwani ou kushti é uma forma de luta livre do Sul da Ásia.
Os lutadores são conhecidos como Pehlwan e a escola que ele fala é conhecida como Akhara. Essa luta foi desenvolvida no tempo do Império Mughal através de uma associação da forma de luta na Ásia do Sul e do Varzesh-e Bastani.
 A maioria dos países têm um estilo tradicional de luta. A luta tradicional Indiana não é apenas um esporte, é uma subcultura antiga, onde os lutadores vivem e treinam juntos e seguem regras estritas sobre tudo o que podem comer e o que podem fazer em seu tempo livre. Beber e fumar é proibido e tem que manter a castidade. O foco está em viver uma vida pura, construir a força e aperfeiçoar suas habilidades de luta. 
 Lutadores pertencem aos ginásios, chamados de akharas, onde os lutadores vivem sob regras estritas. A dietas dos lutadores consiste de leite, amêndoas, ghee (manteiga) , ovos e chapatis (tipo de pão) e cada lutador tem um trabalho a fazer no preparo das refeições.
O esporte está em declínio, mas ainda há muitos akharas restantes e algumas pessoas dedicadas estão trabalhando para manter viva esta antiga parte da cultura Indiana.





See more in the album Kushti Dairies
© Arup Acharjee
  @rup photography
All photographs are copyrighted and all rights reserved.





Por que e quando você começou a pensar nesse projeto?
Estou fotografando há somente um ano, então queria documentar algo especial no meu bairro. Algo para obter a atenção do público e também para ter meus desejos de artista saciados. Então eu comecei a falar com as pessoas, e depois de muito procurar, encontrei esta academia que tem cerca de três séculos.
Kushti é uma luta livre tradicional da Índia. Este esporte antigo teve grande importância nas sociedades indianas do passado, mas a sua popularidade ao longo dos últimos anos, no entanto, tem diminuído muito. No momento, Kushti só é praticado em um punhado de bolsões ao redor da Índia. Mesmo nesses locais, o futuro do esporte é incerto. O governo pressiona constantemente as escolas de Kushti tradicionais a abandonar as formas do passado, pensando em abraçar padrões internacionais de luta e ganhar medalhas nos Jogos Olímpicos. Então, essas escolas estão enfrentando dificuldades financeiras imensas, e até mesmo o número de pessoas que praticam a arte é cada vez menor.
Na verdade, todos esses fatores me ajudaram a tomar a decisão de documentar sua história através de fotografias.

Como você acha que a fotografia pode ajudar?

Eu estou documentando uma tradição que agora está sendo negligenciada.
As pessoas não se preocupam em aprender. O governo não tenta promover o Kushtia da forma tradicional, pois deseja que ela seja ensinada pelos padrões olímpicos. Eu penso que se a história e tradição do Kushtia fica conhecida através do Facebook e da “geração do smartphone”, ela pode encontrar novos entusiastas. Vou simplesmente documentar o que acontece sem qualquer preconceito, e tentar contar uma história que até 50 anos atrás as pessoas sabiam. A idéia é passar a história para a nova geração.
Você usou algum equipamento especial?
Não. Eu usei uma Nikon D5100 SLR com a lente 18-55mm do kit, e também uma lente  35mm f/1.8 Nikkor. Nada mais. Usei a luz natural disponível na escola. As fotos foram tiradas em RAW e processadas no Adobe Camera Raw.

Você viajou muito para fotografar?
Não muito, por sorte. Varanasi é uma cidade rica em patrimônio e cultura. Minha cidade natal fica a cerca de 600 km de distância, e eu vim aqui para fazer meus estudos superiores em Zoologia. Agora eu estou fazendo meu doutorado na Banaras Hindu University, então agora tenho meus temas na minha porta. A escola de luta fica a cerca de 8 km de distância de onde eu moro. Fotografo só aqui na cidade, eu amo este lugar e sua cultura.

Você contou com alguma ajuda financeira do governo ou particular?
Na Índia, o governo não financia projetos pessoais de amadores! Está difícil para os lutadores até manter a infra-estrutura da escola. Eu financiei esse projeto do meu bolso, desde a câmera, a lente, o computador, o software.  Eu não me importo muito, a fotografia hoje é o meu estilo de vida, e posso me dar ao luxo de gastar um pouco mais em fotografia, e economizar em outras coisas.

Fatos interessantes:

O solo da Akhara (o ringue) é especialmente tratado com pó de sândalo, açafrão em pó, iogurte, e folhas de nim (Azadirachta indica). Isso faz com que o solo fique muito especial.
Eu fotografei descalço, porque eles não permitem qualquer calçado no local.
Os lutadores usam somente um Langot (espécie de sunga) durante as lutas, e nenhum ornamento ou jóia, para evitar que se machuquem.
Antes de lutar, eles adoram o deus Hanuman, que de acordo com as escrituras hindus  foi o maior de todos os lutadores.

 





Vídeo de um treinamento de Kushti 


Our journey now is to India, specifically to Varanasi, one of the main sights of India. The most important place of pilgrimage in the country. Located on the banks of the Ganges, has more than three million inhabitants and is one of the oldest cities in the world.
You will know a little about the project Arup, which is documenting the daily life of traditional fighters forming in pehlwani. Pehlwani or kushti is a form of wrestling in South Asia.
The fighters are known as Pehlwan school and he speaks is known as Akhara. This fight has been developed in the time of the Mughal Empire through an association of form of struggle in South Asia and Varzesh-e Bastani.
Most countries have a traditional style of wrestling. The traditional Indian struggle is not just a sport, it's a old subculture where wrestlers live and train together and follow strict rules on everything you can eat and what they can do in their free time. Drinking and smoking is prohibited and must maintain chastity. The focus is on living a pure life, building strength and improve his fighting skills.
Wrestlers belong to gyms called Akharas, where wrestlers live under strict rules. The fighters' diets consist of milk, almonds, ghee (butter), eggs and chapattis (bread type) and each wrestler has a job to do in preparing meals.
The sport is on the decline, but there are still many remaining Akharas and some dedicated people are working to keep alive this ancient part of Indian culture.

Why and when did you start thinking about this project?
I'm shooting for only one year, so I wanted to document something special in my neighborhood. Something to get the attention of the public and also to have satisfied my desires artist. So I started talking to people, and after much searching, I found this gym that has about three centuries.
Kushti is India's traditional wrestling. This ancient sport had great importance in Indian societies of the past, but their popularity over the last few years, however, has greatly diminished. At the moment, Kushti is only practiced in a handful of pockets around India. Even in these places, the sport's future is uncertain. The government constantly presses the traditional Kushti schools to abandon ways of the past, thinking to embrace international standards for fighting and winning medals at the Olympics. So these schools are facing huge financial difficulties, and even the number of people who practice the art is dwindling.
In fact, all these factors helped me decide to document their story through photographs.

How do you think photography can help?
I'm documenting a tradition that is now being neglected.
People do not bother to learn. The government tries to promote Kushtia in the traditional way, because you want it to be taught by Olympic standards. I think that the history and tradition of Kushtia is known through Facebook and smartphone generation, she can find new enthusiasts. I'll just document what happens without any bias, and try to tell a story that 50 years ago people knew. The idea is to tell the story to a new generation.
Did you use any special equipment?
No. I used a Nikon D5100 SLR with 18-55mm lens kit, and also a 35mm f/1.8 Nikkor lens. Nothing more. I used the natural light available in school. The photos were shot in RAW and processed in Adobe Camera Raw.

You traveled extensively to photograph?
Not much, luckily. Varanasi is a city rich in heritage and culture. My hometown is about 600 km away, and I came here to do my higher studies in zoology. Now I'm doing my doctorate at Banaras Hindu University, so now I have my themes on my door. The school fight is about 8 km away from where I live. Photographer just here in town, I love this place and its culture.

You had some financial help from the government or private?
In India, the government does not fund personal projects of amateurs! It is difficult for fighters to maintain the infrastructure of the school. I financed this project out of my pocket, from the camera, the lens, the computer software. I do not really care, photography today is my lifestyle, and I can afford to spend a little more into photography, and save on other things.

Interesting Facts:

The soil of the Akhara (the ring) is specially treated with sandalwood powder, turmeric powder, yogurt, and leaves of neem (Azadirachta indica). This causes the soil becomes very special.
I photographed barefoot because they allow no shoes on site.
The fighters use only one Langot (kind of swimming trunks) during the fights, and no ornaments or jewelry, to avoid getting hurt.
Before fighting, they worship the god Hanuman, who according to Hindu scriptures was the greatest of all the fighters.



terça-feira, 14 de maio de 2013

Ballet Adulto com Paola Bartolo



 Bailando com o corpo e a alma



Sapatilhas que bailam-Foto: Eva Bella



Sapatilhas-foto: Eva Bella



O  ballet é uma dança  influente mundialmente e possui uma forma altamente técnica e um vocabulário próprio. Este gênero de dança é muito difícil de dominar e requer muita prática.

A professora Paola Bartolo, 47 anos, é formada pela Escola Municipal de Bailado de São Paulo, ela iniciou dando aulas para crianças e adolescentes de 7 a 14 anos e se especializou em Baby Class,  e há mais ou menos 4 anos ela ministra aulas para adulto também, soubemos que ela tem uma aluna de 50 anos, que já fez ballet quando criança, retornado agora novamente. Ela ministra aulas no período noturno na escola Dance Arte Ursula Corrêa, no Paraíso.

As alunas de Paola são mulheres que brilham, se dedicam, muitas praticaram ballet quando crianças e agora retomaram, outras sempre desejaram e nunca tiveram a oportunidade, ou mesmo mães que matricularam as filhas, depois de assistirem às aulas por um período decidiram abraçar a dança como arte e exercício físico também.  

O ballet adulto promove saúde física e mental, trabalha a confiança e a auto estima,  desenvolve a consciência corporal, aumenta a resistência física, fortalece os músculos, pode também auxiliar nos desvios de postura e problemas ósteo-musculares, tudo aliado à técnica do ballet, seus exercícios, sequências e musicalidade. Mas é preciso trabalhar duro nas sala de aula, todas dizem que “ballet só para os fortes”.

O adulto tem maior consciência corporal, e se não tem, tem mais facilidade em se concentrar e se descobrir. Já conhece seu corpo, ou está o descobrindo de forma diferente, com mais interesse e vontade.
Ou seja, ele está ali por que ele quer e sente prazer no que está fazendo.
Depois de assistir a aula da Paola dá vontade de começar a aula na mesma hora: a energia, o vigor, a dedicação é contagiante!!

Para fechar com chave de ouro, Paola conta o segredo: “ o mais importante é que tenham amor a esta arte e saibam se expressar com alma.....”


Debora Maya, 23 anos
Debora ingressou nas aulas de ballet adulto em outubro/2012, pois levava sua filha de 7 anos para dançar ballet infantil.  Desde então, perdeu cerca de 17kg, o que aumentou muito sua auto estima, promovendo uma melhora na qualidade de vida.

Maite Chedid, 17 anos
Ingressou no ballet aos 6 anos de idade, porém por volta dos 8 anos de idade parou de freqüentar as aulas pois não gostava da disciplina imposta pela professora anterior.  Retornou em 2012 em outra escola, mas como não se adaptou, sua mãe ficou sabendo que Paola (sua amiga de infância) estava com ballet adulto e agora está muito feliz em ter seu sonho realizado.
"A professora é espetacular, tudo aqui é maravilhoso... o clima... nunca pretendo parar de fazer ballet...” (Maite)



Maite Chedid-foto: Eva Bella


Giovanna Borges Bonesi, 16 anos
Começou no balé com 4 anos e permaneceu até os 12 anos; nesse período fazia aula na própria escola que cursou o ensino fundamental, agora faz aulas com a Paola e é bem interessante o fato dela ter dançado aos 7 aninhos em um evento do Hospital do Câncer ao lado de Paola.





Giovanna Bonesi-Foto: Eva Bella


Helen Siqueira, 39 anos
Apaixonada pelo ballet, dá para perceber pelos olhos brilhantes quando fala da atividade, do ambiente, da Paola, das amigas... Ela tem uma rotina estressante, e quando chega ao estúdio deixa os problemas do lado de fora, se sente muito bem, tranqüila e realizada.



Helen Siqueira-foto: Eva Bella



"... e a cada dia me apaixono mais por ele, ele está fazendo mudanças aos poucos em meu corpo,a cada dia uma descoberta nova, um exercício novo, um endhors mais perfeito, um port de bras mais limpo, uma pirueta mais centrada e leve, uma flexibilidade mais aguçada, meus 90 graus mais firmes logo querendo ir para os 180,tornozelos mais fortes, pernas mais fortes e definidas, abdomen mais trabalhado, intercostal mais disciplinado...e o nome dele é BALLET!" (Helen Siqueira).


Professora Paola -Foto: Le Lae

Foto: Le Lae




segunda-feira, 13 de maio de 2013

Boxe contra exclusão social



João Batista (JB) se destacou entre os alunos da academia improvisada que o ex-pugilista Garrido mantinha na região central, onde desenvolvia uma ação social com o nome de Corasol Nascente;  ele começou a treinar para não voltar a assaltar, após sobreviver ao massacre do Carandirú.  Atualmente administra uma das unidades embaixo do viaduto do Glicério, começou a montá-la com aparelhos doados e com sucata encontrada pela região, mas  após desabamento do ringue, ele colocou uma placa com os seguintes dizeres: “o ringue pede socorro”, e foi assim que uma equipe de atletas de jiu-jitsu conheceu o projeto e juntos conseguiram reformar o ringue, pintar aparelhos e reformar também a academia. O projeto é sem fins lucrativos e ainda não conta com  incentivo do governo, e tem como objetivo levar o esporte para pessoas menos favorecidas, tirar os jovens da situação de risco.

JB- Foto: Eva Bella

Sob os viadutos de São Paulo geralmente encontramos degradação, moradores de rua, lixo e usuários de drogas, porém no Viaduto do Glicério a história se difere, pois em meio às colunas encontramos uma academia popular realizada pelo projeto Cora-Garrido, que há cerca de cinco anos vem ocupando três viadutos paulistanos.
Foi para ajudar os meninos a saírem das ruas e das drogas através do esporte que Garrido (ex-pugilista que trabalhava como segurança no vale do Anhangabaú) instalou-se sob a passarela da Câmara Municipal. Na falta de equipamentos adequados, ele os improvisou com pneus de caminhão, lata de concreto, mola de caminhão, amortecedor. Os meninos de rua começaram a praticar esportes, deixaram de usar drogas e furtar; depois, Garrido conheceu Corina Batista de Oliveira, a Cora, funcionária pública do Centro de Vigilância Sanitária e conselheira da Comunidade Negra do Estado, que se apaixonou pelo projeto do boxeador e o ajudou a dar continuidade a ele. O projeto é proveniente de doações de equipamentos e da reutilização de alguns materiais como pneus e elásticos.
Com o tempo a academia ganhou espaço, no Viaduto do Café, na Bela Vista, mas logo foi desativado pelo projeto do Estado de revitalização do Centro, que fez com que a Academia se mudasse para o Viaduto Alcântara Machado, na Mooca. Outras duas unidades estão em atividade em São Paulo: a do Glicério e a de São Miguel Paulista.
Atualmente João Batista (JB), de 45 anos, mora e administra a academia do Viaduto do Glicério, há cerca de um ano.  Ele é ex-aluno de Garrido.  JB começou a estudar Educação Física na Universidade Paulista (UNIP), mas por falta de recursos teve que abandonar a Universidade.
Leandro Fredericci Machado, 26 anos, professor de educação física, explica que mesmo sem concluir a universidade, é possível que JB esteja no caminho certo; ele foi treinado por um ex-pugilista, campeão, tem mais de 20 anos de estrada e a academia possui vários equipamentos, que se forem usados de forma correta não causam lesões.
A academia do Viaduto do Glicério vem ganhando reconhecimento pela região. Diego Felipe da Silva, de 25 anos, é camelô, atleta e freqüentador do espaço há pelo menos três meses; é um rapaz de grande força de vontade e tem como objetivo se tornar um lutador de MMA (Mixed Martial Arts). Diego mora em um bairro longe da academia, mas mesmo com a distância, duas vezes por semana antes do trabalho vai à academia para treinar com JB. Algumas crianças também freqüentam o local.
JB demonstra através de suas palavras e gestos que tem grande preocupação com a comunidade local, quer ver as crianças longe das drogas, e pensa em ampliar o projeto para além das aulas de pugilismo e academia. Tem uma pequena biblioteca, que recebe doações, e em breve pretende levar o Graffiti para seus alunos.  Agora, JB torce para que a prefeitura não faça a desapropriação do local.
Entrevista: Cleide Almeida
Fotos: Eva Bella e Leticia Elias
Matéria: Cleide Almeida, Eva Bella e Letícia Elias. 
Foto: Eva Bella

foto: Eva Bella

Foto: Eva Bella

Foto: Eva Bella

Foto: Eva Bella

Foto: Eva Bella

Foto: Le Lae
 
Foto: Le Lae




Foto: Le Lae

terça-feira, 7 de maio de 2013

Entrevista com Mete Baskoçak- Fotógrafo de rua - Turquia








Retratos impressionantes, inesquecíveis... há quase um ano eles me contam histórias....sim....Mete Baskoçak consegue me mostrar o cotidiano de Gálata, na Turquia  e aguça meus 5 sentidos...eu vejo... é incrível, eu já conheço o estilo fotográfico dele, eu sei que um bom retrato é assim, eu toco... quase sinto as rugas, as mãos pesadas do trabalho, cheias de cicatrizes, eu ouço os vendedores gritando,a buzina dos carros, as crianças sorrindo, os pássaros voando, sinto o cheiro de peixe, do mar, das especiarias, do narguile, sinto o sabor do delicioso chá turco. Eva Bella





Mete Baskoçak

Eva Bella: Quando você começou a tirar fotos de rua e porque?
Mete Baskoçak: Eu tiro fotos há 20 anos, mas com a facilidade das máquinas digitais tenho tirado foto todos os dias nos últimos 7 ou 8 anos. Eu  me sinto muito bem , gosto de parar o tempo, de retratar pessoas, emoções, quero ver olhares com sentimento, dor, amor, tudo naturalmente.

Eva Bella: Qual equipamento você usa?
Mete Baskoçak: Uso a Canon 5D Mark III com lentes 70-200mm (f 2.8)  mas já usei uma Canon G1x, compacta premium, mas era muito lenta.  

Eva Bella: Onde você fotografa normalmente?
Mete Baskoçak: Em Gálata, centro turístico, comercial, histórico, arquitetônico, local muito grande e interessante, lá é possível fotografar pássaros, paisagens, pessoas. Fica perto da minha casa, andando daria uns 20 minutos, mas eu tehho minha moto.

Eva Bella: Na Turquia você enfrenta problemas de segurança, medo de ladrões de câmeras?
Mete Baskoçak: Não, nunca enfrentei esse tipo de problema.

Eva Bella: Dicas para dar aos futuros fotógrafos?
Mete Baskoçak: Praticar sempre, pois como dizia Bresson, nossas primeiras 10.000 fotos são as piores :).

 

Gálata

Gaivota com a torre de Gálata ao fundo

         Para conhecer um pouquinhosobre o trabalho do Mete: http://500px.com/metemaximus